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Primeiro-Ministro busca consensos no norte à luz de mais um encontro de concertação social.

O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, deslocou-se no passado fim-de-semana a São Vicente e, também, a Santo Antão para, entre outros pontos da agenda, discutir com os parceiros sociais e políticos das duas ilhas a situação do país e a necessidade de entendimentos para fazer face à crise na zona Euro, que implica, também, a tomada de medidas em Cabo Verde para evitar influências de maior. O momento, diz o Chefe o Executivo, “é de consensos”.

Após encontros com vários parceiros sociais e políticos, entre os quais as Câmaras das respectivas ilhas e o Partido do Trabalho e Solidariedade (PTS) e algumas associações e sindicatos representantes da classe trabalhadora, José Maria Neves frisou a importância de se conseguirem os consensos necessários para que se possam impor as medidas necessárias para fazer face a esta nova conjuntura que advém do agravamento da crise na Europa, em especial na zona Euro.

Salientou que “o momento é de conjugação de esforços a todos os níveis de poder” na busca das melhores soluções para que Cabo Verde não venha a sentir mais os efeitos dessa crise e possa continuar na senda do crescimento e desenvolvimento.

“Este não é o momento de só falarmos em problemas, aumentarmos as reivindicações, de criticarmos este ou outro nível de poder, ou de fazermos oposição uns aos outros – é o momento de conjugarmos esforços para aproveitarmos todas as potencialidades que existem e podermos fazer face à situação de agudização da crise no plano internacional”, declarou José Maria Neves.

E, pelas intervenções dos vários representantes dessas entidades parceiras, esses entenderam a mensagem do Primeiro-Ministro, pelo que parece haver um entendimento geral de que é preciso trabalhar em conjunto. “Estamos disponíveis para trabalharmos, juntos, poder local e Governo para a busca das melhores soluções para São Vicente”, exemplificou o edil de São Vicente, Augusto Neves.

Essa “disponibilidade” dos parceiros sociais e políticos foi mesmo exaltada que pôde ainda receber um conjunto de propostas por parte desses, abrangendo medidas fiscais, como a aposta nas indústrias ligeiras, avançados pelo PTS, por exemplo, e que poderão servir para o acordo de concertação social e para as tomadas de medidas do Governo para prevenir a crise.

O processo de privatização da Cabnave, o melhor aproveitamento do parque industrial, a situação do emprego em São Vicente e questões laborais, como as exigências de reposição salarial por parte dos sindicatos, a revisão do código laboral e a adopção do salário mínimo, o 13º mês. Foram outras das questões abordadas, com os representantes sindicais da ilha a mostrarem, pelo menos a disponibilidade para discutirem com o Governo todas as possibilidades.

Ainda em São Vicente, Neves visitou as instalações da Polícia Nacional, tendo se mostrado bastante satisfeito com o que viu, considerando a PN local uma referencia para as outras divisões policiais do país.

Também em Santo Antão, o Chefe do Executivo esteve reunido com os três edis da ilha que também manifestaram toda a disponibilidade de trabalhar junto com o Governo na busca das melhores alternativas para que Cabo Verde possa continuar a crescer e a desenvolver.

No fim, a conclusão de que “todos somos poucos para este grande desafio”, reiterou José Maria Neves.