Mais uma inauguração de uma grande infra-estrutura, desta vez o novo prédio dos RNI que, certamente, trará muito mais condições de trabalho e conforto, tanto para os funcionários quanto para os utentes.
Ao falar no acto José Maria Neves realçou a qualidade do edifício ora inaugurado, afirmando-se sentir "satisfeitíssimo". Isso, porque, associado aos aspectos aqui realçados, afirma que "é um exemplo do que nós queremos em termos de modernização dos serviços públicos.
E, continua, "queremos novos paradigmas, queremos novas formas de atendimento às empresas e aos cidadãos, temos de modernizar os nossos serviços e de prestar serviços de qualidade às pessoas, às empresas, à sociedade cabo-verdiana", completa.
Assim como, também destacou a Ministra da Justiça, Marisa Morais, o Primeiro-Ministro enalteceu os investimentos feitos nos espaços físicos dos RNI, mas sobretudo o impulso reformador "muito forte" que o sector e toda a Administração Pública tem assistido nos últimos anos e que encontra a sua máxima expressão na "Casa do Cidadão" (CC).
A Casa vem elevar a Governação Electrónica a um outro patamar, o da Governação integrada ou I GOV, como convencionou chamar o Chefe do Executivo. É graças a essa grande integração, entre os vários serviços, que Cabo Verde tem podido dar saltos qualitativos expressivos na redução e eliminação da burocracia e na inovação com novos serviços baseados nas novas tecnologias.
Serviços como as certidões on-line, a "Empresa no Dia" e tantos outros que colocam o país hoje no grupo dos 10 mais inovadores em termos de reforma do Estado, segundo avaliação recente do "Doing Business". Tudo isso representa um trabalho gigantesco liderado pelo Núcleo Operacional para a Sociedade de Informação (NOSI) e que vem aproximar mais o país do objectivo da modernidade.
O Governo assumiu como desafio o objectivo de ser um exemplo me matéria de reforma do Estado e toda a transformação que se fez ao nível dos RNI "tem um papel fundamental na construção dessa reforma", aponta.
Mas, para se chegar à CC foi preciso um árduo trabalho para a digitalização de um conjunto de documentos, "aprovou-se um conjunto de diplomas modernizadores, outros diplomas estão em curso de elaboração", dá conta.
Para além disso, o Governo tem investido fortemente em "acções importantíssimas" de formação e de qualificação dos recursos humanos nesta área. "E devo dizer que o crescimento de quadros formados, qualificados, neste sector é bem o exemplo do que nós pretendemos em termos de modernização dos serviços de Registo e Notariado em Cabo Verde".
Sociedade de Informação passa pela iniciativa privada
Assim como pôs a tónica na qualidade e excelência como um factor gerador de riqueza, José Maria Neves presidiu, também, nesta sexta-feira, ao acto de abertura do III° Fórum sobre a Sociedade de Informação em Cabo Verde, este voltou a insistir nesse aspecto como condição fundamental para o sucesso do país em todos os sectores.
"Para sermos notados temos de ser os primeiros da classe, sermos alunos de 20, 19.5, ou 19" salienta, pois só assim este país pequeno poderá ter alguma capacidade de influência e potenciar ainda mais o seu desenvolvimento.
É assim também no sector das Tecnologias de Informação e Telecomunicação (TIC), diz, onde o país tem conseguido enormes avanços, sobretudo ao nível da Governação Electrónica ou integrada como referiu acima.
Contudo, este afirma que o Governo só poderá ir até onde já chegou que é criar as bases para o "Cluster" de serviços ligados às novas tecnologias que já existem, graças ao trabalho do NOSI como destaca o Primeiro-Ministro.
"A criação do Cluster não passa por mais iniciativas do Governo, ela passa sobretudo pelas iniciativas privadas", enfatiza, apelando à aposta dos privados nessa vasta área de negócios e oportunidades.
Um caminho, frisa, é a internacionalização das nossas empresas, citando os exemplos de algumas iniciativas de jovens empresários que têm tido grande sucesso aqui e lá fora. Tónica também, mais uma vez, por parte do Chefe do Executivo, na eliminação das barreiras e limites territoriais, com base num desenvolvimento integrado apoiado nos transportes e nas novas tecnologia, capaz de atrair e integrar os quadros superiores das ilhas e da Diáspora. "Este Cabo Verde moderno dos nossos sonhos".
